Endurance Challenge Ultra Trail Agulhas Negras



Há 1 mês voltei da 2ª etapa do circuito mundial de Corrida de Aventura na Patagônia Chilena. A equipe Harpya conquistou a 12 ª colocação entre 19 equipes de 9 países. Uma prova duríssima com mais de 700 km de trekking, bike e canoagem. Apesar de ter feito uma boa navegação não conseguimos manter o ritmo esperado e para piorar enfrentamos uma frente fria com tempestade durante algumas noites e temperaturas a baixo de -10oC. No início da prova meu tendão do pé esquerdo inchou e senti muita dor até o final da corrida. Voltei muito fraco, ainda sentindo o tornozelo e os poucos treinos que tentei forçar não consegui concluir bem. Conversei com Guilherme Pahl, meu treinador, que alertou para respeitar meu corpo e descansar mais. Os treinos regenerativos da Oficina Multisport foram na medida e demorei 2 semanas para conseguir voltar bem aos treinos e realizar alguns intervalados. O acompanhamento do Juscelino da Fisioterapia Inovar com acupuntura, manipulação e exercícios foi muito importante para recuperação. Toda a pressa para voltar aos treinos foi causada pelo Endurance Challenge Ultra Trail Agulhas Negras. No final de 2014 fui motivado pelo Pedro Lavinas, Enrico e Luciano Favilla da equipe Caliandra e logo, vários atletas e os coachs da oficina aceitaram o desafio nas categorias 21, 50 e 80 km. Alugamos uma casa na serra com visual alucinante e nos organizamos em alguns carros até Visconde de Mauá. Às 6 horas larguei frio e receoso com meu tornozelo. Preocupei-me em não forçar o ritmo no começo. A corrida começou com uma subida leve e um desconforto que me acompanhou até o início de um single que descia forte na mata. Forcei algumas ultrapassagens até que logo entrei num pasto e o sol nasceu forte entre a neblina sobre o rio. Segui contornando e cruzando o rio até o primeiro posto com a placa de 10 km. O meu Garmin mostravam 12. Encontrei o Pedro nesse posto e continuamos por um estradão até o início da Serra. Trotei em alguns momentos, mas a maior parte da subida era forte e precisa empurrar as pernas para continuar forçando. O single terminava num estradão e depois um pastor com vários buracos traiçoeiros até outro single na Serra seguinte. Minha estratégia de alimentação funcionou bem e consegui comer e beber bastante em todos os postos. No km 35 o nervo ciático da perna esquerda reclamava um pouco e a dor no tornozelo estava ainda bem suportável. Consegui me distrair com uma bolha que ameaçava abrir na ponta do dedão.  Daí pra frente acelerei e não andei mais durante um estradão com várias subidas e descidas. Quando percebi que as dores estavam aumentando, avistei um cara que parecia manter um ritmo sólido e puxei papo. Quem me conhece sabe, gosto muito de conversar, e perguntei se o cara estava bem. Disse que estava quebrado, mas acelerou. Serviu-me de incentivo acompanhá-lo e o Tales me animou quando achei que não iria aguentar seu ritmo. Conversamos em alguns trechos e chegamos ao último single e 2 rios gelados que cruzamos. Estava cansado e meu relógio já marcava 54 km quando ouvimos o som da cidade e do narrador. Foi emocionante cruzar esse pórtico e ver a galera da oficina. Ficamos na chegada esperando e acompanhando as parciais dos 80 km com o Guilherme em 3º e a Cami em 4º lugar.

Terminei em 21º lugar geral de 305. Foram 54 km em 6h23min. Essa foi minha segunda corrida em trilha de 50 km e fiquei muito animado em aumentar a quilometragem!

Obrigado!!!

Farmácia Essencial

Isis Nutricionista

Fisioterapia Inovar

Cyclingo Bike Club

Oficina Multisport


ViPersonal








Comentários

  1. Bacana seu relato!

    Assim temos um gostinho de como são essas provas e de quanta superação voce precisa!

    Parabens por terminar a prova!
    Beijao

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